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quarta-feira, 29 de maio de 2013

COLUNA PRESTES


 


                                                       Luis Carlos Prestes


O que foi
A Coluna Prestes foi um movimento político, liderado por militares, contrário ao governo da República Velha e às elites agrárias. Este movimento ocorreu entre os anos de 1925 e 1927. Teve este nome, pois um dos líderes do movimento foi o capitão Luís Carlos Prestes. 
Causas
A principal causa foi a insatisfação de parte dos militares (tenentismo) com a forma que o Brasil era governado na década de 1920: falta de democracia, fraudes eleitorais, concentração de poder político nas mãos da elite agrária, exploração das camadas mais pobres pelos coronéis (líderes políticos locais).
Objetivos:
- Percorrer grande parte do território brasileiro (principalmente interior), incentivando a população a se rebelar contra o governo e as elites agrárias. O objetivo era derrubar o governo do presidente Arthur Bernardes;
- Implantar o voto secreto e o ensino fundamental obrigatório no Brasil;
- Acabar com a miséria e a injustiça social no Brasil.
Como foi
Os integrantes da Coluna Prestes percorreram cerca de 25 mil quilômetros pelo interior do território brasileiro. O núcleo fixo tinha cerca de 200 homens, porém em vários momentos da caminhada o movimento chegou a contar com cerca de 1400 pessoas (militares e simpatizantes do movimento).
Os integrantes da Coluna Prestes passam e paravam nas cidades. Conversavam com as pessoas e faziam a propaganda contra o governo federal, mostrando as injustiças sociais da época e defendendo reformas políticas e sociais.
O movimento teve inicio na cidade de Alegrete (sul do Rio Grande do Sul) e após dois anos e meio e percorrer 11 estados, terminou dividido. Um grupo foi para a Bolívia, enquanto outro para o Paraguai.
Consequências
Embora não tenha conseguido derrubar o governo, a Coluna Prestes foi um movimento que enfraqueceu politicamente a República Velha, abrindo caminho para a Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder.
Curiosidades:
- Com o término do Movimento, Luís Carlos Prestes foi estudar marxismo na Bolívia em 1928. Foi morar na União Soviética em 1931. Retornou ao Brasil, de forma clandestina, em dezembro de 1934.
- Com o movimento, Luís Carlos Prestes ganhou o apelido de “Cavaleiro da Esperança”.
- Outro líder importante do movimento foi o militar e revolucionário brasileiro Miguel Costa.

terça-feira, 28 de maio de 2013

27 DE MAIO DE 2013, LEMBRAMOS OS 11 ANOS DA MORTE DO CAMARADA E LÍDER DO PCdoB, JOÃO AMAZONAS.   *  1912        +  2002





Biografia do João Amazonas
Ingresso no Partido

Amazonas ingressou no Partido Comunista do Brasil em 1935 e integrou sua direção nacional a partir de 1943. Foi eleito deputado constituinte em 1945, exerceu o mandato até 1948, quando foi cassado após a cassação do registro do Partido em 1947. Em 1962, em conjunto com outras lideranças, reorganizou o Partido Comunista do Brasil em resposta às ações de uma corrente reformista que pretendia liquidar o Partido enquanto uma organização revolucionária.
João Amazonas de Souza Pedroso nasceu no dia 1º de janeiro de 1912, em Belém do Pará. Filho de família modesta, desde muito cedo se rebelou contra as péssimas condições de vida e de trabalho da classe operária de sua cidade.

Em 1935, aos 23 anos, assistiu a um comício da Aliança Nacional Libertadora (ANL) no Largo da Pólvora, em Belém, e aderiu ao movimento. Foi imediatamente convidado a participar da Juventude Comunista e, poucos dias depois, ingressava no Partido Comunista do Brasil.

Sua primeira tarefa militante foi organizar uma célula na fábrica onde trabalhava. A partir desse núcleo, partiu para a organização de um sindicato da categoria. Em seguida foi eleito delegado na União dos Proletários de Belém. Este envolvimento culminou em sua primeira prisão, que durou 15 dias. No início de 1936, a polícia realizou várias prisões de integrantes da ANL, colocada na ilegalidade após o levante de 1935. João Amazonas (foto ao lado) e seu camarada Pedro Pomar foram encarcerados. Na cadeia, realizaram uma greve de fome contra os maus tratos e ministraram aulas de marxismo-leninismo aos demais companheiros. Em junho de 1937, foram julgados e absolvidos por falta de provas. Em novembro, ocorreu o golpe de Estado que implantou a ditadura do Estado Novo. Amazonas e Pomar entraram na clandestinidade.

CC, MUT e Constituinte

Em setembro de 1940, Amazonas foi preso outra vez com vários outros dirigentes do Partido Comunista do Brasil no Pará. Fugiram da prisão em agosto de 1941. Amazonas e Pomar fizeram uma difícil viagem até o Rio de Janeiro, onde chegaram em setembro desse mesmo ano. No então Distrito Federal, entraram em contato com dirigentes do Partido. Nos fins de 1941, Amazonas foi a Minas Gerais, onde ficou por dois anos. Depois seguiu para o sul do país. Esteve no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Sua grande missão era reorganizar os comunistas nesses Estados, criando as condições para a realização da conferência que iria reorganizar o Partido Comunista do Brasil, convocada pela Comissão Nacional de Organização Provisória e conhecida como "Conferência da Mantiqueira", realizada em agosto de 1943 na mais completa clandestinidade. Nela, João Amazonas foi eleito membro do Comitê Central e passou a compor a comissão executiva e o secretariado, ficando responsável pelo trabalho sindical e de massas. Foi um dos organizadores e um dos principais dirigentes do Movimento Unificador dos Trabalhadores (MUT), em 1945. Em dezembro do mesmo ano foi eleito deputado federal constituinte com uma das maiores votações do Distrito Federal (foto acima).

Na Assembléia Nacional Constituinte atuou em torno de questões como direito de greve, liberdade e unicidade sindical, Justiça do Trabalho e em defesa das lutas dos trabalhadores por melhores condições de vida e de trabalho. Após a cassação dos mandatos, em 1948, João Amazonas e os demais membros da comissão executiva do Partido entram na clandestinidade.

Luta anti-revisionista

A partir da segunda metade de 1950, Amazonas participou ativamente da luta contra o surto reformista que atingiu o Partido após o 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956. Em 1957, por suas posições contrárias às teses reformistas que vinham ganhando corpo na direção do Partido, João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda, Sérgio Holmos e Pedro Pomar foram destituídos da comissão executiva e do secretariado do Comitê Central.

Começavam, assim, a se definir nitidamente duas tendências no interior do Partido: uma reformista e outra revolucionária. Elas iriam se enfrentar duramente nos debates preparatórios do 5º Congresso do PCB, que decidiu pelo afastamento de João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda e Orlando Pioto do Comitê Central do Partido. A divergência chegou ao ponto de ruptura em setembro de 1961 quando, passando por cima das decisões do 5º Congresso e da legalidade partidária, a direção reformista decidiu mudar o programa e os Estatutos do Partido, e adotou novo nome criando, na prática, uma nova organização, o Partido Comunista Brasileiro.

Liderando a reorganização

A liderança revolucionária não aceitou essas decisões. Protestou contra elas mas, sem encontrar eco na direção reformista, convocou a Conferência Extraordinária de 18 de fevereiro de 1962 (foto abaixo), que decidiu pela reorganização do Partido, mantendo seu nome tradicional (Partido Comunista do Brasil) e adotando a sigla PCdoB. João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Elza Monnerat e outros lideraram esse acontecimento de alcance histórico e internacional: o PC do Brasil foi o primeiro partido fora do poder a romper com a linha política reformista imposta pela direção do PCUS.

Em 1964, as teses reformistas do PC Brasileiro foram derrotadas com o golpe militar. O PC Brasileiro entrou em processo de desagregação interna, e confirmou muitas das teses defendidas por João Amazonas e seus camaradas do PCdoB. Amazonas então se projetou como um dos principais dirigentes de uma nova corrente do movimento comunista internacional, que se opunha ao revisionismo soviético.

Esteve em Cuba após a reorganização do Partido em 1962. Esteve depois na Albânia, primeira de várias outras visitas onde estabeleceu laços fraternais com os dirigentes comunistas albaneses, especialmente Enver Hoxha, e na China, onde foi recebido pessoalmente por Mao Tsetung.

A Guerrilha do Araguaia

Entre 1968 e 1972, Amazonas participou ativamente da organização da Guerrilha do Araguaia, o principal movimento de contestação armada ao regime militar. No final de fevereiro de 1972, ele saiu da região para participar da reunião do Comitê Central onde se debateria o documento "Cinqüenta anos de luta", escrito por ele e Grabois nas selvas do Araguaia, e se comemoraria este importante acontecimento (o 50º aniversário do Partido). Amazonas voltava para a região quando foi surpreendido pela ofensiva do Exército que tornou impossível seu retorno para a área e fechou os caminhos de sua reintegração à Guerrilha.

A eclosão da Guerrilha levou a um aumento, sem precedente, das perseguições aos dirigentes do PCdoB. Na manhã do dia 16 de dezembro de 1976, desenrolou-se o último ato da tragédia arquitetada pelos militares de eliminar a direção comunista. A casa, no bairro da Lapa, em São Paulo, onde havia se realizado uma reunião do Comitê Central, foi cercada e metralhada pela repressão. Neste dia foram friamente assassinados três dirigentes comunistas. Cerca de uma dezena de dirigentes comunistas também foram presos e torturados.

Um dos objetivos daquela operação do Exército era a eliminação física de Amazonas que, no entanto, estava no exterior, representando o Partido. Aquele objetivo foi reconhecido, mais tarde, pelo então comandante do II Exército, sediado em São Paulo, general Dilermando Monteiro, em entrevista à revista IstoÉ: "Nós descobrimos que naquele dia iria haver uma reunião em tal lugar, com a presença de tais e tais elementos, e aí fomos um pouco embromados, porque constava para nós que o João Amazonas estaria presente e o mesmo estava na Albânia, mas para nós ele estaria presente naquela reunião." Exilado, Amazonas só voltou ao país com a anistia, em 1979 (foto ao lado).

Erguendo a bandeira da democracia

Amazonas foi sempre um opositor radical da ditadura militar e por isso mesmo foi odiado por ela. Nas selvas do Araguaia, procurando organizar a resistência armada, nos palanques da campanha das diretas ou nas articulações que levaram à escolha de um candidato único das oposições, para derrotar o candidato da ditadura no Colégio Eleitoral, lá estava o velho combatente comunista. Quando a emenda das Diretas-já foi derrotada no Congresso dominado por parlamentares ligados à ditadura, Amazonas foi a Minas Gerais conversar com o governador Tancredo Neves, para convencê-lo a enfrentar Paulo Maluf no Colégio Eleitoral. Amazonas foi um ardoroso defensor da unidade das forças progressistas e um dos artífices da Frente Brasil Popular em 1989. Compreendeu que, com a derrota de Lula e a vitória de Collor, a luta contra o neoliberalismo adquiriu centralidade na tática e na estratégia das forças democráticas, populares e revolucionárias. O PCdoB, com Amazonas à frente, defendeu a palavra-de-ordem Fora Collor!, que empolgou a juventude brasileira e levou ao impedimento do presidente da República.

Mas a derrota de Collor não representou a derrota definitiva do neoliberalismo em nosso país. Com a vitória de FHC, o projeto recobrou o seu fôlego. Amazonas defendeu então a formação de uma ampla frente oposicionista, que tivesse como núcleo as forças de esquerda. Uma frente que se constituísse através de um programa nacional e democrático que apontasse para a superação do neoliberalismo e se sustentasse num amplo movimento de massas.

Ação internacional

No entanto, as suas contribuições políticas e teóricas não se reduzem apenas ao Brasil. Desde o final da década de 80, João Amazonas foi um dos poucos que se colocou contra a política adotada por Gorbachev, denunciando-a como uma via de consolidação do retorno da URSS ao capitalismo. Após o fim da experiência soviética, Amazonas conclamou a esquerda revolucionária a um profundo balanço crítico dessas experiências, a refletir sobre as derrotas, mas sem capitular; sem fazer concessões de princípios à maré social-democratizante que estava levando ao aniquilamento vários partidos que se proclamavam comunistas. Amazonas, de maneira ousada, propôs a unidade das diversas organizações que ainda mantinham e reafirmavam sua identidade comunista. Diante da ofensiva mundial do imperialismo era preciso vencer o sectarismo e construir a unidade sobre novas bases. Esta seria mais uma de suas importantes contribuições para a reorganização do movimento comunista internacional.

Promessa cumprida

João Amazonas conduziu o Partido Comunista do Brasil em meio ao mar turbulento das lutas ideológicas, contra adversários bem mais fortes, que pareciam invencíveis. O seu pequeno PCdoB venceu essas lutas, expandiu-se e consolidou-se. O Partido, dirigido por ele, enfrentou a ditadura militar, enfrentou a crise das experiências socialistas, e enfrentou com coragem e firmeza os dez anos de ofensiva neoliberal no Brasil. O PCdoB se desenvolveu e se constituiu numa força respeitada no cenário político nacional e dentro do movimento comunista internacional.

O legado de Amazonas é a luta pela democracia, pela soberania nacional e a defesa do proletariado e do socialismo. Ele foi o ideólogo e o construtor do Partido Comunista do Brasil. Sempre defendeu a unidade do povo e das correntes democráticas e populares. Como afirmou no discurso com que se despediu do cargo de presidente do Partido, pronunciado na tribuna do 10º Congresso do PCdoB, nunca se aposentou. "Não peço aposentadoria. Continuarei lutando no nosso glorioso e heróico PCdoB". Ele cumpriu essa promessa.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

                                  1º GRUPO DE ESTUDOS MARXISTAS          
                                         DE CATANDUVA 

TEVE SUA PRIMEIRA REUNIÃO ONTEM À NOITE NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE CATANDUVA.
MARCOS GIL - PRESIDENTE DO PCdB PARTICIPOU E DISSE QUE É MUITO IMPORTANTE A FORMAÇÃO DESSE GRUPO EM NOSSA CIDADE PARA QUE TODA A POPULAÇÃO TENHA CONHECIMENTO DESSA LITERATURA E QUE ELA CHEGUE A TODOS OS TRABALHADORES. LEVAR OS CONHECIMENTOS MARXISTAS A POPULAÇÃO É UMA MANEIRA DE TRANSFORMAR O MODO DE PENSAR DO PROLETARIADO, MOSTRNADO A VERDADEIRA REALIDADE.



            FOTO ( DA ESQUERDA PARA A DIREITA) MARCOS GIL, PROFª MOIRA E O PROFº BENATTI

       Foto da esquerda para a direita: Luis; Marcos Gil; Profº Renato; Profº Benatti e Hélio Pelegrini

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Marcos Gil, Presidente do PCdoB de Catanduva/SP. participa neste último fim de semana do:
 Seminário Balanço de uma dácada de governo democrático e as bases de uma nova arrancada para o desenvolvimento.

Realizado nos dias 04 e 05 de maio de 2013 no auditório da UNIRP - Vergueiro na cidade de São Paulo. Teve a paticipação de mais de 600 pessoas de todo o Brasil.




Cerca de 600 participantes ocuparam inclusive a galeria do teatro para o debate sobre Democracia, Soberania Nacional e Integração Latino-Americana, com o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), o ministro do Esporte Aldo Rebelo, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, e o assessor de Relações Internacionais do PCdoB, Ronaldo Carmona, sob a coordenação de Nádia Campeão, vice-prefeita de São Paulo. De todo o país foi possível assistir integralmente o debate por meio da transmissão ao vivo.
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, saudou os participantes explicando que o seminário tem objetivo preparatório para o 13o Congresso do Partido que ocorre em novembro, em São Paulo. Uma tradição que aprimora as bases do partido e enriquece o Congresso. "Nesses dez anos, acumulamos condições para passos maiores e para desafios maiores", disse ele, referindo-se aos temas da primeira mesa. Para isso, diz Rabelo, é preciso analisar o curso da geopolítica, "para onde caminha o mundo, sobretudo encarando a questão da crise sistemática e estrutural do capitalismo".
Nádia lembrou que o governo de São Paulo reproduz as alianças que sustentam os dez anos de Lula e Dilma. Desta forma, é importante trazer para a cidade os avanços do Governo Federal, assim como entender as implicações e limites das potencialidades e resultados destes governos.
Vizinhos inimigos e unidade nacional
Como disse o ministro Aldo Rebelo, sua experiência parlamentar na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, "ajuda a ampliar o horizonte para a frente e para trás das relações entre os países da América Latina". Rebelo resgatou as diferenças na história da colonização hispânica e portuguesa para demonstrar a construção história da unidade territorial brasileira em detrimento da fragmentação que marcou a história da América hispânica, a despeito do sonho bolivariano. Segundo ele, o regime monárquico contribuiu para preservar a unidade do território, numa época em que não havia intercâmbios políticos, econômicos e de mão-de-obra para limitar o contato entre as capitanias e núcleos coloniais e impedir o desenvolvimento de uma consciência nacional. A perspectiva de instalação de repúblicas em ex-colônias espanholas marcadas pela influência de caudilhos regionais levou à fragmentação territorial.

Foi assim, por exemplo, que o patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada, homenageado durante o seminário pelos 250 anos de seu nascimento, imaginou que a monarquia teria mais capacidade de unificar a nação, em vez das repúblicas vizinhas. Bonifácio foi o homem que melhor pensou a estratégia da independência e a construção da unidade nacional. As homenagens ao precursor de tantos ideais que mobilizam a esquerda brasileira continuam na Sessão Solene do Congresso Nacional, em 13 junho, a pedido do senador comunista Inácio Arruda.



                                  Nesta foto, Marcos Gil e o camarada Niraldo Siqueira de Sumaré.